domingo, 8 de março de 2009

Nâo achei títtulo compatível.

Mais uma vez eu pondero o poder das palavras. Estou triste, fato. Triste pela inconsistência dos meus atos. É tudo tão incerto que eu chamaria de gelatina. Uma novela mexicana, toda a minha vida, baseada numa novela mexicana. Aquela em que os irmãos se casam sem saber que são irmãos e têm um filho doente, e que a mãe na verdade é mãe do tio e que a vizinha é sua mãe. Aquela zona. Uma novela mexicana em que um 'você derrubou água no chão' acaba se tornando um 'você inundou a minha casa, saia daqui, eu te odeio e não volte mais'. Eu me pergunto o que esses roteristas fumaram antes de escrever uma novela. Já que o assunto hoje é escrita, caramba, deu um trabalho escrever essa maldita redação. Dessa vez eu penei mesmo, mas escrevi, e ficou boa. É, até o Elvis ficava rouco de vez em quando. Completamente inútil esse comentário. Completamente inútil metade dos comentários que saem da minha boca. E é por isso que eu vou começar a evita-los. Evita-los porque muitas vezes os comentários por mais inocentes que sejam podem machucar as pessoas mais importantes pra você. E eu sei disso, eu vivenciei isso, e me magoei com isso. Me magoei porque a maior dor, a mais amarga delas, é quando você magoa uma pessoa que ama muito, e que não precisava ser magoada. E o que se faz depois disso? Bom daqui a uns 200 anos a resposta vai ser simples: 'entre na máquina do tempo, agende para o dia de ontem, e não fale, diga que tá com dor de garganta.' Mas como eu não vivo 200 anos a frente, eu preciso achar outro meio. E o meio mais correto que eu encontrei foi pedir desculpas, encontrar perdão, e não repetir o mesmo erro duas vezes. Porque errar duas vezes é burrice. Não que haja maldade nos erros. Acho até que na maioria das vezes eu os cometo por ingenuidade. Assim como foi dessa vez. Ingenuidade. E, infelizmente, eu não tenho mais idade para cometer erros ingenuos. Então, o que eu tenho a fazer agora é me policiar, e evitar a ingenuidade. Fora isso e o drama do vestibular, tudo corre bem. Ai vestibular, pra que te quero? Bem, agora como atividades extra curriculares: dormir, estudar, estudar e estudar. É, não me agrada muito também, mas, fazer o que né?
*
Rascunho
*
Florecem no papel
palavras desbotadas
Palavras amargas
e mal desenhadas
*
Correm no papel
letras garranchadas
estrofes inacabadas
sobre dores e traumas
*
No papel escritas
palavras sem rítmo
Frases sem rimas
história sem sentido
*
No rascunho do papel
minha alma é escrita
De modo singelo e simples
de uma maneira só minha
*
Rascunho que rabisco
que apago que amasso
Rascunho que jogo no lixo
e então assim me desfaço
*
Não peço nada além de compreensão. Não, compreensão é difícil. Não quero pré conceitos, só isso. Assim como todos sou um ser humano inocente da burrice e culpado da estupidez, e não tenho que me desculpar por isso. Então eu peço desculpa por não pensar. Por ser egoísta e irracional. É por isso que eu peço desculpas. Essa postagem, toda ela, cada parte, cada vírgula, foi dedicada, claro. Mas não vão haver citações, não vão haver mais esposições. À minha querida amiga, toda a sinceridade do meu coração.

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