terça-feira, 24 de março de 2009

Buscando paz

É fácil falar mal da vida alheia quando estamos cegos sobre a poeira de nossos umbigos. É fácil falar que a vida do outro é ruim, que o outro tem o cabelo feio, que é gordo, estranho, ignorante, burro. É fácil, fácil de mais. Tão fácil que chega a ser tolo e errado. É o sujo falando do mal lavado. É o roto falando do esfarrapado. E pode como o desmantelado falar do destroçado? Se não temos um braço, procuramos quem não tenha os dois para nos sentirmos melhor. E onde é que entra o autruismo? Somos egoistas, fato, egoistas, narcisistas, e estúpidos. Mas sabemos, pelo menos eu sei, enumerar os nossos erros e defeitos. Sou egoísta, invejosa, ciumenta, nogenta, estúpida, ignorante, estressada, pavio curto, inconstante, não sei ter força de vontade e desisto de tudo na metade. Não completo uma única dieta, e estou sempre brigando com a balança. O espelho constantemente me engana, ou será a minha opnião pessoal? Toda vez que eu acho que estou 90% posso reduzir esse número a pelo menos 40%. Não tenho vocação pra nada. Nem pra vender pipoca na esquina. Não tenho o dom das palavras, não sei fazer valer nada que digo. Uma pena. Uma grande pena. E sempre que paro pra pensar sobre a minha vida, sobre o saldo, o balanço do fim de mês, me decepciono com o baixo valor do saldo positivo. Enfim. Não vale a pena. Nada vale. Sofrer as ansias de um dia ‘bom’. Chorar as palavras azedas que um ser humano cego de si próprio dirigiu para mim. Não pretendo me decepcionar com palavras tolas, tão pouco com as palavras tolas de pessoas que não me conecem. Tudo são preceitos, preconceitos, e idiotices. São bobeiras que nós aprendemos e não desvinciliamos. É preconceito puro. Para com a minha pessoa. Não sou o ‘padrão’, assim como 70% da população. Mas, eu posso ser, desde que tenha o peso moetário. Fique calmo meu bem, ao contrário dos adolecentes que compram carros no fim do ensino mérdico, eu irei comprar o cabelo louro e liso, os olhos azúis e os dentes lindos. Academia ai vou eu. Quase um robo. Mas o preceito que vocês tem pra vocês.Ou eu vou pros EUA, exibir o meu quadril brasileiro pros gringos loucos por bundas. To feita.
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Escreva histórias tristes, e você será um poeta vulgar.
Mas escreva histórias alegres, e se considere o melor poeta do mundo.
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Temos nossos talentos, estou em busca do meu.

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