sexta-feira, 19 de dezembro de 2014

A lugar nenhum

Sem você não sou.
Não sou.
Sem você não vou.
Não vou.
Sem você...
Sem você...
Não são dias e noites, não existem luas e sois.
Sem você...
São horas ininterruptas de um cinza imenso e melancólico, espreitando minha morada pra me devorar.
Sem você...
Os ponteiros do relógio giram ao contrario, o tempo estagna num lamurioso arrastar.
Sem você...
Não há.
Não há...
Não há absolutamente nada.
Não ha força, nem luz capazes...
Minha paz se retrai, até sumir no espaço.
Sem você não sou...
Não sou...
Sem você não vou...
Não vou...
a lugar nenhum.