terça-feira, 13 de agosto de 2013

Vulgo-amar

Busco nas palavras a definição de um sentimento.
Não se faz propício buscar noutras, algo que explique a vastidão do amor.
Mas se faz necessário, entretanto, que este sentimento transborda as tênues linhas da paixão.
Sim, meu coração palpita, borboletas fazem festa em meu estômago, meus pelos eriçam na presença da criatura alvo de tamanho ardor.
Mas antes se resumisse à esses sintomas bobos de quaisquer paixonites.
Este sentimento, me toma como um todo, e faz o meu querer, essencial, assim como água.
E quando sua ausência se faz necessária, é como se me tomassem o ar, como se me faltasse o chão...
E em sua estada, me falta o fôlego e eu sinto poder voar...E embora se pareçam as ocasiões, faz-se completamente adversa a sensação.
Nos seus lábios, minha boca encontra refúgio.. todo beijo parece o primeiro, com todo o mistério e ansiedade característicos.
Seus olhos me inundam num mar de sentimentos: breves, prolongados, longiquos, eternos.
Suas mãos me percorrem feito um cego a buscar amparo.
Nas suas palavras, perco a quantidade do tempo, os dias passam em questão de segundos, sempre mais rápidos que o intento.
Que se eu soubesse fazer somas e multiplicações infinitas, eu quantificaria este-estar.
Mas que sem domínio dos números ou das palavras, sempre busco infinitas maneiras de explicar...
E a explicação sempre se torna incompleta, falha, quase vulgar.
Me sinto um quanto bobo, um quanto vago e infantil.
Tentando ampara-la na mesma intensidade que me sinto amparado.
Tentando deslumbra-la da mesma forma que me sinto deslumbrado.
Tentando ama-la da mesma maneira que me sinto amado.
E por não saber construir frases que descrevam esse sentimento, vou abraça-la e ficar em silêncio.
Só para que o meu corpo afague o seu, e o seu afague o meu, como sempre tem sido, e como sempre há de ser.


Nenhum comentário:

Postar um comentário