sábado, 1 de maio de 2010

Texto político

É difícil. Estamos tão acostumados com o cotidiano, que não vive-lo é um estorvo.
E queremos, inutilmente um alguém pra atender nossas vaidades, cumprir nossos mimos.
E queremos uma injeção diária de ego.
Queremos acreditar que escolhemos quem somos.
Mas não. Não escolhemos, somente somos.
E buscamos converte-mo-nos, como à uma religião ou seita.
E nos encobrimos de carapaças falsárias, que intimidam nossos semelhantes.
Então, de que adianta não o sermos, se nossos iguais se distanciam?
Talvez, esse assunto tenha se tornado cliché, acredito que tenha.
Mas por ser cliché não é menos importante ou polémico.
Ainda sonho voar, içar minhas mãos e bradar meus sonhos direção às nuvens.
E qual o problema de querer ser um anjo?
E qual o problema de querer ser alguém?
Meus sonhos são meus. Íntimos e meus, e não dizem respeito a ninguém.
E que são sonhos, além de subterfurgios da nossa própria mente que por vezes nos é usurpada?
Qual a privacidade que você tem, além da que lhe é conferida pelos muros da sua mente?
Então, não era de esconderijos que estávamos falando?

Um comentário:

  1. O problema não é o que vc quer ser
    e sim a probabilidade de suas asas não serem grandes o suficiente para te levarem até seus desejos.

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