domingo, 26 de julho de 2009

O horizonte.

A eternidade dos movimentos lentamente se cala. A finalidade dos sentimentos se torna rala. E a alegria gradativamente se atrofia. Os passos são mais lentos, e a respiração é momentânea...
E juntos, cantarolamos o suspiro final...
Uns se etreolham, outros, rezam, e ainda há os que fecham os olhos para não ver. Nas cidades os carros param, as industrias estatizam, o comércio paraliza. No olhar paralizado dos transeuntes, paira uma numem espessa e cinza. Palpávamos, uns aos outros, o medo e a angústia do inesperado.
Nos campos, as asas congelavam, e como nos desenhos animados, ficavam parados no céu, como que mergulhados em uma gelatina gigante. Até o vento se curvava para a magnetude do acontecimento. As folhas pararam de cair, os peixes de nadar, e todos, em cada parte do mundo, param e analisam. E durante um minuto, que mais pareceu um dia, ninguém disse nada. Ninguém respirava, se movia, ou pensava.
Todos admiravam o horizonte. O afundar da bola de fogo, fundindo o amarelo alaranjado do dia com o azul da noite.
E pela primeira vez, perceberam o quão lindo era o mundo em que viviam...

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