É, em um momento a sua vida oscila.
Entristecido a colher grãos de terra no chão que pisa, a avistar o céu distante e imaculado, a querer toca-lo como se quer tocar uma mulher bonita.
É como brincar quando se era criança, o balanço dançante, tocamos o céu, ou melhor, buscamo-o, içando as mãos e bradando os braços em sinal de desespero e pisamos a terra.
E de reviravolta, o balanço sobe.
E exaltado a bater as asas no céu límpido e azul, não querer as asneiras terrenas...
O balanço que sobe e desce e não cessa, não depende de nós, mas do universo e da gravidade a jogarem a nosso favor.
E o sol brilha, em nossos desejos de Ícaro, bradamos nossas asas e visamos ao sol.
Quão relutante seriam os teimosos à ponto de se queimarem nas chamas ofuscantes do grande satélite?
Um coração outrora vazio e machucado, batuca uma nova canção, cheia de passagens rápidas e lentas. É um festival de músicas, um desfile de escola de samba, passando e se instalando no peito, de um, que mais uma vez experimenta a sensação do ar.
Mas essa deve ser a definição de paixão, ou coisa parecida.
Então, quando o balanço torna a cair?
Melhor pensar nas nuvens brancas, enquanto elas ainda me pertencem.
Quem sou eu
domingo, 16 de maio de 2010
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