sexta-feira, 7 de maio de 2010

Asas quebradas


Algo estranho muta o mundo da Babilônia.

Abriram a caixa de Pandora e deixaram seus derivados sair.

E a Grande Muralha continua firme, lá na China.

Aqui as fagulhas chamuscam e despedaçam um coração solitário.

Mais que o ruir sozinho, se chamam tristes os que não vagam a buscar encontros.

E os objetivos se tornam escassos, a vista embaçada.

Talvez a palavra certa seja espaço.

Um espaço de tempo que corre sem ver.

Um espaço gigante que não me deixa enxergar.

Um espaço psicológico que só faz crescer a distancia entre dois amigos.

E se ainda assim, dois sóis nascerem amanhã, é preciso que haja vontade de ver a luz lá fora.

Que ainda existem cortinas eficientes e óculos escuros que tapem a luz que brilha.

Então, é ou não é tudo tão relativo?

Um anjo sem asas e desperançoso chora no meu quintal.

De acordo com ele, as palavras morreram no peito quando viu chorar a lua, e desde então derrama as suas.

Eu digo pra ele das belezas do mundo, ele retruca as tristezas.

Terminamos por fim, eu e ele lado a lado, dois embebedados cutucando nossas feridas expostas.

Um comentário:

  1. está muito bonito o texto
    uma pena que eu sou lerda demais pra entender todas as metáforas

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