sábado, 7 de agosto de 2010

não cabe

Eu realmente me pergunto onde foi parar aquela mulher confiante.
É, aquela, que anda na rua com o seu salto alto e rebolado definitivos, e que não precisa de palavras pra saber que estão todos olhando pra ela.
Aquela, que faria qualquer coisa.
Aquela super mulher que não duvida de sua capacidade de nada.
Aquela.
Onde está?
Ah, escondida atrás da menina.
Da pequena menina amedrontada com medo do escuro.
É, aquela boba, tola, de sorriso acanhado.
Aquela moça ali, tão indefesa e inofensiva.
Tão comum, tão comum.
Não mais há que explicar.
A muralha desabou.
E ela está só, com os restos do muro que construiu.
Abaixe a cabeça e chore.
Não cabem títulos ou denominações.
A lágrima escorre dos olhos do palhaço.
Sabe como dizem, casa de ferreiro, espeto de pau.

Um comentário:

  1. Cara, eu gostei muito desse *.*

    Embora eu ache que nao consegui captar a essência dele, em sua totalidade, eu gostei bastante...

    ResponderExcluir