Existe um cansaço.
Que não se controla.
Ele se apodera.
Flui pelas suas veias e artérias, se instala no seu coração e pulmões, e espalha, para todo o corpo.
Um cansaço que faz apodrecer seus órgãos, lentamente.
Letalmente.
E é inesperado, inexpressível.
Uma hora você está, na outra já não.
É como se de repente tudo fosse tédio, sombras e marcha fúnebre.
E eu já passei por isso.
E eu já lutei contra.
E não encontro novas forças para lutar.
Estou frágil e cansada.
E me sinto só.
Como só?
Me sinto sozinha, num mundo que só deseja me pisotear.
Me sinto insegura.
Me sinto infeliz.
Sinto angústia e desanimo.
Sinto...
nada sinto.
Uma velha chaleira repousa sobre o fogão à gás.
Chiando o vapor d'água que escapa, avisando que o café já pode passar.
Mas não adianta chiar, a casa está vazia, não tem ninguém pra transformar a água em café.
A chaleira berra, até toda água evaporar.
Quem sou eu
quarta-feira, 18 de agosto de 2010
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que medoo! hahaha
ResponderExcluirficou mto bom saguie :)
Nossa, Bianca, esse ficou meio angustiante, não acha? ^^
ResponderExcluirClaro que isso não é ruim, é só uma característica do texto.
De qualquer forma, tudo muito bonito e tocante, como sempre.
Fora que eu sempre penso haver um significado oculto nos seus textos, um dia eu descubro ;)
caraa, ficou perfeito.
ResponderExcluirexatamente isso!
vontade de desistir, angústia.
:s
isso soa como alguém que nao aguenta mais essa vida de vestibular
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