Não importa. Nada importa. Nada que não o agora. A escolha de palavras, a escolha de ações, a criação de memórias. Isso importa, isso faz diferença, isso cria e desfaz muros. Mais cria que desfaz. Essa criação de barreiras destrói meus sonhos. Destrói minhas perspectivas de futuro. E mais uma vez eu tenho que reorganiza-las e recria-las. Talvez a errada seja eu, criando e recriando cada detalhe da minha vida num raio de 50 anos. Talvez não, eu tenho certeza de que a errada sou eu. Tenho certeza de que minhas paranóias são as minhas principais inimigas. E tenho certeza que elas é que irão acabrar por fim, com os meus sonhos. E enquanto eu debato essas idéias, num diálogo solitário, eu percebo novos detalhes no teto do meu quarto, detalhes que eu nunca havia notado. A mancha aos arredores da lampada, as gambiarras notavelmente inseguras pregando a lampada sem cúpula à tintura sobre a massa corrida, o ventilador que faz um som agúdo a cada três relutantes voltas, como tantos outros por descobrir, como tantos outros que já esqueci. E o escuro que torna o meu quarto sombrio, apaga em mim os sentimentos felizes, que eu julguei acumular durante o dia. E eu me torno, novamente, aquele ser místico entre a vida e a morte, vagando pelo purgatório, sem data iminente para o fim da jornada. E nesse momento, nada que eu pense, diga ou faça, é capaz de me proporcionar um suspiro feliz.
...
Hello Holywood
...
Teus olhos encontram os meus,
minhas bochechas a corar
Te indicam minha satisfação
...
Meus sonhos repetitivos,
só me mostram teus lábios,
Surrupiando os meus,
não que eu fosse contra o furto.
...
E as tuas mãos ásperas,
entrelaçando a minha cintura nua
E os nossos olhos, gentilmente se encarando.
...
A lua, acompanhante dos romances,
adormece sob nossos cuidados,
E o sol, nos avisa sutilmente,
que a hora do Adeus chegou.
...
Os sonhos vão embora,
e eu acordo para a realidade
Onde os meus pensamentos
encenam um filme de hollywood.
...
E quandoo o filme acaba,
me restam os figurinos e cenários,
que compunham a estória,
criando em mim uma angústia.
...
E é só com isso que posso contar...
Quem sou eu
segunda-feira, 10 de agosto de 2009
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