Estou naquele momento crítico da vida, em que a felicidade se resume à uma barra de chocolate. Estou naquele momento pseudo suicída que nos leva a achar que não merecemos nada que temos. Eu estou sozinha, eu adimito, sozinha na escuridão de meus pensamentos. Sozinha na imensidão do meu quarto. Sozinha na loucura de meus pensamentos. E eu procuro respostas de perguntas que eu não faço. Mas as respostas não chegam, as respostas me ignoram. E eu imploro por um momento de paz e felicidade, mas como elas podem chegar a mim? Como podem vencer a barreira de sonhos ilegítimos que me tomam. Sentimentos bastardos. E esqueço pouco a pouco a funcionalidade da barra de chocolate. Cada vez mais a deixo de lado, cada vez mais consolada pelas formigas. Até as formigas tomam sua dose diária de alegria. E eu sozinha, cada vez mais. Tenho medo dos meus pensamentos. Eu sou impulsiva.
Me afoguei na minha incoerencia
me machuquei na minha inocência
Decidi que pararia de lutar
talvez abrir os braços e voar
Escolhi pelo meu egoismodo
que me doar sozinho
Do que me esquecer freqüentementedo
que me acordar de repente
Preferi vagar quieto
sem futuro certo
Sem entender o lamento
que o mundo murmura
E parei adiante uma curva
me pequei
Pensando em tua cintura nua
que meus braços querem tanto abraçar
Pensei, em teu corpo quente
no luar ardente
Que nos viu, acorrentados e descrentes
do amor e da paixão
Me sinto, tão estúpido,
por pensar que fugiria
Que na noite fria
meu corpo não desejaria o teu
E que teus beijos
não seriam calados
Nem teu calortão vital e nescessário
Lembro agorade tua mão sedosa
Me acariciando a face,
outrorae agora selada à outra
Penso em tudo que fizeste
em tudo que falamos
E achei que quizeste
amar como nos amamos
O doce luar, me toca leve
já sei, não há prece
que a traga de volta pra mim
Dou um último olhar, breve
para a noite que cresce
E viro na curva,
aqui já não é mais lugar pra mim
...
Fim.
Quem sou eu
domingo, 14 de dezembro de 2008
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