segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

Esquecer.

Bom dia? Supostamente deveriamos ser simpáticos o suficiente para dizer bom dia. Pra que? Não quero. Não quero ter de cumprimentar quem eu não gosto, quem eu não conheço. Não quero viver nesse nível do clichê. Não quero me apaixonar pelas mesmas coisas, pessoas, livros, programas. Quero ter um mínimo de originalidade, e ISSO, soa muito clichê. Me perco cada vez que busco em mim um ponto de originalidade, porque eu sei que no fundo eu sou igual a todo mundo. Sofro as mesmas coisas que todo mundo, do mesmo jeito, e desabafo com as mesmas lágrimas, e espero a mesma compreensão. Um dia quero ser forte o suficiente pra resistir. É, eu mereço ser forte o suficiente para resistir.
Não há porque.
Não há luta.
Chegou ao fim.
Não tem o que dizer ou fazer.
Não tem o que pensar.
Tá tudo digerido, e eu sei, eu entendo,
apesar de preferir esquecer.
É passado, e lembrar é formalidade.
O que todos querem é esquecer.
E eu quero mais é não lembrar.
E não lembrando eu nego nomes.
E os negando eu não me predo.
Passado, te-lo é mera formalidade.
...
Não há o que lembrar, se não há nada inesquecível. Esquecer é um detalhe, é um fim mais que justo para as lembranças que não são importantes. Lembranças perdidas, quem não as tem? Quem nunca esqueceu o aniversário daquele tio que sumiu? Quem nunca esqueceu um nome? Esquecer é compreensível. Ser esquecida é compreensível. Eu sei que já fui esquecida. E sinceramente não me incomodo. Desde que quem eu não esqueço também não me esqueça. E caso esqueça, que esqueça. O importante sou eu lembrar. E se eu lembro tá tudo bem, porque o importante é eu ter lembranças na minha cabeça. A minha memória é que importa. Só ela. Eu sou egoista. Só eu importo. Só.

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