Badalando no silêncio;
um ressonar esplêndido;
as batidas da solidão;
latejando em minhas têmporas.
Que o mais sozinho dos acompanhados;
que retorna para o lar, sempre errante e só;
desacompanhado dos acompanhantes;
interesseiros vagando sem rumo.
E a mais acompanhada das solitárias;
sempre aos prantos desesperados nos colos de seus semelhantes;
indagando do mundo escuro;
a falta d'outros amantes.
Que dessa união surgiria fruto;
luminoso e indevido ser;
saber-se previamente ia;
dos caminhos pecaminosos da maçã.
Mas que ainda buscassem desatar-se;
aqueles que se unem, pelos opostos;
como imas grudados, fundidos;
dificuldade em separa-los.
E estas duas criaturas carentes;
fazendo-se ambamente companhia;
buscando frustrar os temores, destruir as angústias;
eles juntos, vivendo, amando, sentindo...
Passado, Presente, Futuro
Quem sou eu
terça-feira, 23 de novembro de 2010
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