O tempo corre.
Com ele eu mudo, tanto, tanto.
O mundo gira, eu giro junto.
Mostro pras pessoas outras faces.
Faces tantas, que mudo.
Mascaras que escondo à noite;
quando tudo é tão natural.
O tempo me surpreende, porque anda mais rápido que os ponteiros do meu relógio.
(Que horas batem na minha cabeça?)
Quantos minutos se passaram do dia enquanto minha mente lateja três horas?
Quantos amigos perdi nos últimos dias?
Novos conhecidos que não substituem os meus confidentes.
Pela primeira vez não os acumulo, os perco; pelas badaladas secas e insensíveis do meu relógio.
E os sinto tão distantes.
Estou me transformando em outra pessoa.
A metamorfose me faz de princípe o que um dia foi sapo; ou o oposto?
Ainda ouço de palavras secas, as lágrimas que verti internas, corroendo como ácido;
pelo simples motivo de não poder chora-las.
O que está havendo?
Não sei.
Quem eu sou?
Além de nome e sobrenome? Esqueci.
Sinto que a minha vida é um diário, cujas páginas comecei a deixar em brando de dois ou três meses pra trás.
E hoje, eu já nem lembro o que fui, quando o tempo me corria livre e eu reclamava dele constante.
Anyway...
E esse jogo dilacerante de humor, me desfaz em cacos;
me prova, irrefutavelmente, que meu conto de fadas está amaldiçoado.
E mais uma vez, venho falar das bruxas, que travestidas de fadas, me fazem crer em felicidade.
Por que?
Quem sou eu
domingo, 20 de junho de 2010
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já viu brilho eterno de uma mente sem lembranças? não sei pq esse post me lembrou esse filme
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