segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Não há espaço

Não existe espaço para você. Você me invade, me macula. Você estraga a minha sensibilidade. Não existe espaço para o amor. O amor me destrói, me limita. O amor estraga a minha autoridade. Não existe espaço para a dor. A dor estraga a minha dignidade. A dor me castiga, me penalisa. A dor estraga a minha confiança.
Não existe espaço para mim. O mim me transforma, me muta. O mim estraga a minha sanidade.
(Felizes são os que amam a cima de tudo. Ou felizes são aqueles que não tem a quem amar?)
Há falta. E quando falta sobra orgulho. E quando sobra orgulho, continua faltando.
Eu busco infreadamente uma maneira de me roubar de você. Uma maneira de despistar você. E o problema é que você me rouba sem saber. Você transforma minha atenção em vício. Você infringe as minhas leis. Mas você é um demonio anonimo. Você me sequestra e me domina. Não há amor. Há submissão. Uma submissão descrente. Mon agonie.

4 comentários:

  1. éé.. vc escreve mto bem!
    belo jogo de palavras =]

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  2. Amiga, vc escreve muito bem, sério! ADOREI de verdade esse texto,dos que eu li esse só perde pro do seu avô. Te amo, Beijinhos

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  3. "Felizes são os que amam a cima de tudo. Ou felizes são aqueles que não tem a quem amar?"
    é a melhor sentença!

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  4. Cara, como assim, glauber comentando hahahahha!!
    Enfim, querida escritora, esse ficou foda! E nem é tão agonizante... ;)

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