Ainda que me delongasse,
pelas milongas de Buenos Aires
jamais escreveria que completasse,
mi'alma em rubor por tanto amar te.
E por não encontrar sofisticada palavra
em escravidão meu corpo fatiga
Pela busca eterna de adjetivo que descreva
o imensidão do amor que me fustiga.
Não saberia calar te os lábios se não com os meus
sedentos de tua carne rósea a cintilar
Não saberia conversar se não pelos olhos teus
que me dizem o que nem as palavras podem falar
E por esse amor ser insensato e inexplicável
calo me neste verso sujo,
para que não ultraje sentimento solene que por ti nutro
com palavras terrenas que o sereno temem.
Quem sou eu
sexta-feira, 1 de julho de 2011
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