Eu saberia falar dos meus sentimentos.
Se não tivesse aprendido a guarda-los pra mim.
Eu saberia controlar os meus pensamentos.
Se não tivesse aprendido a ser autentica.
E por isso essa dor me parte.
E eu não a reparto.
Mas não ajo verdadeiramente.
Os que me rondam, vivem com uma versão ruim de mim.
Há quanto tempo não vejo meus amigos?
Há quantos meses não abraço os meus irmãos?
Parece que fazem anos desde que tudo se esvaiu.
O mundo rui sob os meus pés.
E como não tenho asas, não posso voar.
E como só tenho pés pregados ao chão só me resta rezar.
"Por favor meu Deus, não me deixe penar muito!"
Quem sou eu
sexta-feira, 29 de outubro de 2010
quinta-feira, 14 de outubro de 2010
Falando de estrelas
Eu não quero lembrar das angústias da escalada.
Ninguém quer.
Ninguém tira fotos, faz poemas, expõe o cansaço físico e mental a que nos submetemos para alcansar nossos sonhos.
Ninguém deseja lembrar de como alguma coisa foi increvelmente fatigante.
Gostamos de lembrar que passou.
As brigas, aquelas, que no momento achamos que vão nos destruir, mas terminam por nos impulsionar; delas, ninguém quer lembrar.
Queremos lembrar do auge.
Do topo.
Por isso, vestimos nossas roupas mais bonitas, arrumamos o cabelo em sinal viril, pintamos nossas faces desajeitadas; e, ai sim, registramos, de toda maneira que pudermos, o momento.
Saimos sorrindo, abraçados uns aos outros, em sinal de vitória.
E lembramos daquele dia sempre que podemos.
Porque esperamos outra oportunidade de sermos felizes.
Um album de fotografias não se compõe de lágrimas, mas de lembranças que queremos guardar.
E eu só quero lembrar do que vier depois.
Porque o agora é tão degradante que me descabela, me desconcerta.
O agora, é incrivelmente inusitado, para mim que o presencio agora, mas tão conhecido aos milhares de anos a correr.
Então, por que puni-lo e evita-lo?
Se eu posso passar batida por ele, sem que este arranque minhas vértebras e funde feridas irreparáveis.
Se eu posso correr por ele, e daqui um ou dois anos, olhar pra trás e pensar: é, passou.
Não que o futuro seja mais simples...
Mas isso é papo pra mais tarde.
Ninguém quer.
Ninguém tira fotos, faz poemas, expõe o cansaço físico e mental a que nos submetemos para alcansar nossos sonhos.
Ninguém deseja lembrar de como alguma coisa foi increvelmente fatigante.
Gostamos de lembrar que passou.
As brigas, aquelas, que no momento achamos que vão nos destruir, mas terminam por nos impulsionar; delas, ninguém quer lembrar.
Queremos lembrar do auge.
Do topo.
Por isso, vestimos nossas roupas mais bonitas, arrumamos o cabelo em sinal viril, pintamos nossas faces desajeitadas; e, ai sim, registramos, de toda maneira que pudermos, o momento.
Saimos sorrindo, abraçados uns aos outros, em sinal de vitória.
E lembramos daquele dia sempre que podemos.
Porque esperamos outra oportunidade de sermos felizes.
Um album de fotografias não se compõe de lágrimas, mas de lembranças que queremos guardar.
E eu só quero lembrar do que vier depois.
Porque o agora é tão degradante que me descabela, me desconcerta.
O agora, é incrivelmente inusitado, para mim que o presencio agora, mas tão conhecido aos milhares de anos a correr.
Então, por que puni-lo e evita-lo?
Se eu posso passar batida por ele, sem que este arranque minhas vértebras e funde feridas irreparáveis.
Se eu posso correr por ele, e daqui um ou dois anos, olhar pra trás e pensar: é, passou.
Não que o futuro seja mais simples...
Mas isso é papo pra mais tarde.
sexta-feira, 8 de outubro de 2010
Aniversariando
Tudo faz aniversário.
Os dias passam.
Contamos 365 longos dias desde algo.
Bum: aniversário.
Dia 07/10
Aniversário.
Fim.
Recomeço.
Re-união.
Ou não.
Ou sim.
Não importa.
O que importa, é que neste dia, eu tive de concordar.
Que 365 dias de ausência passaram.
E eu achei que nem fosse notar.
Achei que nem fosse perceber a ausência.
Que nem fosse chorar a distância.
Ingenuidade.
Como eu poderia não notar a ausência de alguém que esteve presente em 94,2% da minha vida?
Como eu poderia achar, que 365 dias não são nada?
Apenas uma pequena porção dos mais de 6.000 que vivi, mas....
Antes sentisse os dias.
Mais que isso.
Senti o ano, senti as semanas, senti os dias, senti as horas, senti os minutos, senti os segundos.
Mas ainda assim, parece que foi ontem.
Ontem que chorei o teu poente sob a chuva.
Ontem que esperneei lágrimas que não continha.
Ontem que te dediquei carta e terço.
Ontem que me despedi.
Ontem, que ainda pequena, brinquei de balanço sob tua vigília.
Que escutei o cantar dos pássaros que no quintal em pg procriavam.
Que ri, que brinquei, que fui criança.
Do teu lado.
E me sobraram o relógio.
Que faz tic tac como o som do seu coração valvular.
De fundo azul que lembram o céu e a piscina que tingiram minha infância.
Que jazia em teu pulso sempre, mesmo quando o olhar não lhe permitia decifrar as horas.
Chorei este dia, uma lágrima amarga, que doía na garganta.
Mas chorei, não por tristeza.
Chorei de saudade.
Uma saudade cronica, que tende a crescer ao longo dos anos.
E nas minhas crises de abstinência de você, lembrarei dos dias felizes.
E ficarei feliz, porque eu sei, que em pouco tempo nós iremos nos reencontrar.
Te amo.
Nada que você não saiba.
Flávio Coelho de Oliveira |
Tudo faz aniversário.
Os dias passam.
Contamos 365 longos dias desde algo.
Bum: aniversário.
Dia 07/10
Aniversário.
Fim.
Recomeço.
Re-união.
Ou não.
Ou sim.
Não importa.
O que importa, é que neste dia, eu tive de concordar.
Que 365 dias de ausência passaram.
E eu achei que nem fosse notar.
Achei que nem fosse perceber a ausência.
Que nem fosse chorar a distância.
Ingenuidade.
Como eu poderia não notar a ausência de alguém que esteve presente em 94,2% da minha vida?
Como eu poderia achar, que 365 dias não são nada?
Apenas uma pequena porção dos mais de 6.000 que vivi, mas....
Antes sentisse os dias.
Mais que isso.
Senti o ano, senti as semanas, senti os dias, senti as horas, senti os minutos, senti os segundos.
Mas ainda assim, parece que foi ontem.
Ontem que chorei o teu poente sob a chuva.
Ontem que esperneei lágrimas que não continha.
Ontem que te dediquei carta e terço.
Ontem que me despedi.
Ontem, que ainda pequena, brinquei de balanço sob tua vigília.
Que escutei o cantar dos pássaros que no quintal em pg procriavam.
Que ri, que brinquei, que fui criança.
Do teu lado.
E me sobraram o relógio.
Que faz tic tac como o som do seu coração valvular.
De fundo azul que lembram o céu e a piscina que tingiram minha infância.
Que jazia em teu pulso sempre, mesmo quando o olhar não lhe permitia decifrar as horas.
Chorei este dia, uma lágrima amarga, que doía na garganta.
Mas chorei, não por tristeza.
Chorei de saudade.
Uma saudade cronica, que tende a crescer ao longo dos anos.
E nas minhas crises de abstinência de você, lembrarei dos dias felizes.
E ficarei feliz, porque eu sei, que em pouco tempo nós iremos nos reencontrar.
Te amo.
Nada que você não saiba.
segunda-feira, 4 de outubro de 2010
Descompaço
Eu e você.
Intenso.
Brincar de pique no escuro da dispensa.
Eu e você.
Criança.
No teu colo como um bebê.
Eu e você.
Mais eu do que você.
Perdão.
Egoísmo irrefutável.
Monotonia.
Minha casa, euforia.
Eu e você.
Quero tanto seus olhos.
Decifrar sua alma.
Ufanismo romântico.
Quero Roma.
Quero a Grécia.
Quero meus cabelos grudados no suor que escorre do seu peito.
Sem frescuras.
Sem frases longas.
Breve.
Espontâneo.
É incrível.
Inevitável.
Imutável.
INCOMPATÍVEL.
Teu sangue, meu veneno.
Teus lábios, meu vício.
Te quero.
Eu e você.
Você e eu.
Porque você é mais importante.
Fique com a primazia.
Eu amo você.
Não.
Você possui meu amor.
Serve?
Intenso.
Brincar de pique no escuro da dispensa.
Eu e você.
Criança.
No teu colo como um bebê.
Eu e você.
Mais eu do que você.
Perdão.
Egoísmo irrefutável.
Monotonia.
Minha casa, euforia.
Eu e você.
Quero tanto seus olhos.
Decifrar sua alma.
Ufanismo romântico.
Quero Roma.
Quero a Grécia.
Quero meus cabelos grudados no suor que escorre do seu peito.
Sem frescuras.
Sem frases longas.
Breve.
Espontâneo.
É incrível.
Inevitável.
Imutável.
INCOMPATÍVEL.
Teu sangue, meu veneno.
Teus lábios, meu vício.
Te quero.
Eu e você.
Você e eu.
Porque você é mais importante.
Fique com a primazia.
Eu amo você.
Não.
Você possui meu amor.
Serve?
domingo, 3 de outubro de 2010
Amor absoluto
Pequenas palavras.
Pequenas orações.
Insubordinação, frieza.
Frase de um só verbo, uma única ação.
Você o sujeito, eu o objeto indireto.
Incoerência.
Fim.
Uma única palavra ferindo, leviana, impura, cortando um pulso de sangue vertente.
Palavras desembocando em delta num rio raso.
Turbilhão, maresia.
O vento voando, voltando, visando, volátil, vacilante, ventania.
Como matéria crua, de madeira cozida.
O uivo gritante, clamando atenção.
Eu sou eu.
Predicado predileto.
Me ama.
Você ama a mim.
Oração simples
Sujeito e predicado justapostos.
Fim de discução.
Eu vejo tanto de você, que tão pouco vê de mim.
Mas, não vamos mais brigar hoje.
Eu amo a você.
Fim de discução.
Eu exijo tanto de você, que tão pouco exige de mim.
Eu peço desculpas, será que adiantam?
Te daria o céu, mas falta.
Te digo o amor, se tornou vulgar.
Me perdoa, não vai.
Me abraça.
Me beija.
Me viva.
...
...
...
...
...
Eu amo a você.
Fim.
Pequenas orações.
Insubordinação, frieza.
Frase de um só verbo, uma única ação.
Você o sujeito, eu o objeto indireto.
Incoerência.
Fim.
Uma única palavra ferindo, leviana, impura, cortando um pulso de sangue vertente.
Palavras desembocando em delta num rio raso.
Turbilhão, maresia.
O vento voando, voltando, visando, volátil, vacilante, ventania.
Como matéria crua, de madeira cozida.
O uivo gritante, clamando atenção.
Eu sou eu.
Predicado predileto.
Me ama.
Você ama a mim.
Oração simples
Sujeito e predicado justapostos.
Fim de discução.
Eu vejo tanto de você, que tão pouco vê de mim.
Mas, não vamos mais brigar hoje.
Eu amo a você.
Fim de discução.
Eu exijo tanto de você, que tão pouco exige de mim.
Eu peço desculpas, será que adiantam?
Te daria o céu, mas falta.
Te digo o amor, se tornou vulgar.
Me perdoa, não vai.
Me abraça.
Me beija.
Me viva.
...
...
...
...
...
Eu amo a você.
Fim.
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