Sem você não sou.
Não sou.
Sem você não vou.
Não vou.
Sem você...
Sem você...
Não são dias e noites, não existem luas e sois.
Sem você...
São horas ininterruptas de um cinza imenso e melancólico, espreitando minha morada pra me devorar.
Sem você...
Os ponteiros do relógio giram ao contrario, o tempo estagna num lamurioso arrastar.
Sem você...
Não há.
Não há...
Não há absolutamente nada.
Não ha força, nem luz capazes...
Minha paz se retrai, até sumir no espaço.
Sem você não sou...
Não sou...
Sem você não vou...
Não vou...
a lugar nenhum.
Quem sou eu
sexta-feira, 19 de dezembro de 2014
segunda-feira, 30 de junho de 2014
Eterno
Já não fosse tempo passado, algo podia ter se querido fazer.
Mas já se perdera no espaço das coisas que não foram.
E por tanta dó, e tanto pranto, já se perdera no espaço das coisas que se esqueceram.
Num vislumbre de céu aberto, pode-se avistar a lua.
Tão tímida num céu amargo, meio que tentando camuflar-se no meio de tantos prédios.
E no céu poluído, mais nada se via. Nem borrões de estrelas, nem restos de esperança.
O vento soprava rancor gelado na face dos destemidos.
Nem a súplica dos transeuntes se ouvia pelas ruas.
Nem nada.
Era uma noite fúnebre, doentia, dolorida.
Uma noite sobretudo calada, mais ainda assim acusadora dos pecados mortais de cada um; uma noite que apontava, ria.
E nesse silêncio ininterrupto, nessa lamúria muda, a agonia rasgou a noite, e embebedou de insônia os lamentantes; aprisionados eternamente em suas próprias mentes, onde nunca faz sol.
Mas já se perdera no espaço das coisas que não foram.
E por tanta dó, e tanto pranto, já se perdera no espaço das coisas que se esqueceram.
Num vislumbre de céu aberto, pode-se avistar a lua.
Tão tímida num céu amargo, meio que tentando camuflar-se no meio de tantos prédios.
E no céu poluído, mais nada se via. Nem borrões de estrelas, nem restos de esperança.
O vento soprava rancor gelado na face dos destemidos.
Nem a súplica dos transeuntes se ouvia pelas ruas.
Nem nada.
Era uma noite fúnebre, doentia, dolorida.
Uma noite sobretudo calada, mais ainda assim acusadora dos pecados mortais de cada um; uma noite que apontava, ria.
E nesse silêncio ininterrupto, nessa lamúria muda, a agonia rasgou a noite, e embebedou de insônia os lamentantes; aprisionados eternamente em suas próprias mentes, onde nunca faz sol.
quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014
Livre
Fraca.
Depois de tando amargo engolido à seco, e tanta mágoa disfarçada por máscaras...
Fraca.
Que a vaidade e o orgulho me abstêm de um choro longo, de uma crise histérica.
Fraca.
Que toda a força me foi consumida pelos anos de esperanças falsas e sonhos inalcançáveis.
Utopia, pelos dias que não dormi buscando afago nas estórias que eu lia e escrevia.
E hoje, sobro alguém sem fim, mas também sem começo, nem conteúdo.
Que meu coração bate, somente pela conveniência de bater. Que os meus dias já são vazios e mudos.
A existência é a minha punição pelos crimes de outrora, dos quais nem ao menos me recordo.
Os dias me engolem, me invadem, surrupiam a minha vida aos poucos.
O tempo me devasta, consumindo pouco a pouco todas as horas que restam para o meu silencioso fim.
E enquanto isso, eu atuo em um papel que não pedi...
enquanto em verdade, eu só queria repousar, sem ter no que pensar, nem pelo que sofrer.
Podia ser sã...
Mas acho que já nasci doente... e assim hei de partir.
Com as intermitências e devaneios de uma pessoa enferma.
Escondendo minhas lágrimas da vista humana, escondendo meus sentimentos mais profundos do conhecimento de outrem.
E enquanto isso, buscando uma ou outra ocasião que me agregue esperança e felicidade.
Fraca.
Depois de tando amargo engolido à seco, e tanta mágoa disfarçada por máscaras...
Fraca.
Que a vaidade e o orgulho me abstêm de um choro longo, de uma crise histérica.
Fraca.
Que toda a força me foi consumida pelos anos de esperanças falsas e sonhos inalcançáveis.
Utopia, pelos dias que não dormi buscando afago nas estórias que eu lia e escrevia.
E hoje, sobro alguém sem fim, mas também sem começo, nem conteúdo.
Que meu coração bate, somente pela conveniência de bater. Que os meus dias já são vazios e mudos.
A existência é a minha punição pelos crimes de outrora, dos quais nem ao menos me recordo.
Os dias me engolem, me invadem, surrupiam a minha vida aos poucos.
O tempo me devasta, consumindo pouco a pouco todas as horas que restam para o meu silencioso fim.
E enquanto isso, eu atuo em um papel que não pedi...
enquanto em verdade, eu só queria repousar, sem ter no que pensar, nem pelo que sofrer.
Podia ser sã...
Mas acho que já nasci doente... e assim hei de partir.
Com as intermitências e devaneios de uma pessoa enferma.
Escondendo minhas lágrimas da vista humana, escondendo meus sentimentos mais profundos do conhecimento de outrem.
E enquanto isso, buscando uma ou outra ocasião que me agregue esperança e felicidade.
Fraca.
quarta-feira, 8 de janeiro de 2014
Chuva
O sol raiou por trás das nuvens.
Nem parece haver luz pra cobrir tanta escuridão.
Seguimos pelo dia chuvoso, atrapalhados todos com os guarda chuvas.
E é provável que daqui um dia ou dois o sol torne a brilhar...
Mas estas são conclusões muito definitivas para se tomar...
Enquanto isso, continuo andando sozinha, com o meu guarda chuva cheio de furos, a me molhar pelo caminho que me leva a qualquer lugar.
Nem parece haver luz pra cobrir tanta escuridão.
Seguimos pelo dia chuvoso, atrapalhados todos com os guarda chuvas.
E é provável que daqui um dia ou dois o sol torne a brilhar...
Mas estas são conclusões muito definitivas para se tomar...
Enquanto isso, continuo andando sozinha, com o meu guarda chuva cheio de furos, a me molhar pelo caminho que me leva a qualquer lugar.
segunda-feira, 9 de setembro de 2013
Adeus
Minhas mãos já não comportam o teu cabelo eriçado..
Não por tamanha juba despossuir doutrina.
Faz que teu coração cresceu, assim como teus pés, e o meu carinho não é nada mais, nem uma de tuas vaidades.
E que me magoa esse teu eterno fugir.
Que minhas palavras já não possuem significado para ti.
Então me calo.. Porque nem que eu possuísse em voz a força de minha lamúria, eu te faria ouvir..
Então me escondo.. Porque tuas palavras me soam tão falsas e cheias de segundos e terceiros intentos, que prefiro não ouvi-las..
E por isso, nos tornamos cada vez mais estranhos..
Dois que não se conhecem, e ainda-sim dividem uma casa, uma vida..
Mas eu já não quero fazer parte deste teu fingir, e por isso, por meio deste, venho lhe dizer Adeus.
quinta-feira, 22 de agosto de 2013
Indagações
-Preciso de um segundo.
Fecho os olhos, vejo o silêncio e ouço escuridão. Não.. Não sei por onde dar os passos agora.
Não sei nem por onde começar..
Parece estar tão perto, mas ao mesmo tempo tão distante..
E as minhas metas nunca são alcançadas..
Eu só vejo frustração ao meu redor.
Mas é culpa minha, eu sei. Que não dedico tempo, não dedico afeto, nem vontade.
Vou levando nas coxas ou empurrando com a barriga até onde der.
E então?
Pra onde vou?
Eu que não faço escolhas, e as que faço não cumpro...
Onde esse comportamento vai me levar?
E então?
Pra que eu vou?
Se não sei como, nem por onde ou porquê?
Pra que insistir num caminhar inseguro?
Se não sei onde vai dar?
Não sei..
Tenho medo..
Tenho que ir.. faz parte da vida ir àlgum lugar. Só está isento de vagar quem não está...
Acho que vou só por não ter coragem de parar..
Fecho os olhos, vejo o silêncio e ouço escuridão. Não.. Não sei por onde dar os passos agora.
Não sei nem por onde começar..
Parece estar tão perto, mas ao mesmo tempo tão distante..
E as minhas metas nunca são alcançadas..
Eu só vejo frustração ao meu redor.
Mas é culpa minha, eu sei. Que não dedico tempo, não dedico afeto, nem vontade.
Vou levando nas coxas ou empurrando com a barriga até onde der.
E então?
Pra onde vou?
Eu que não faço escolhas, e as que faço não cumpro...
Onde esse comportamento vai me levar?
E então?
Pra que eu vou?
Se não sei como, nem por onde ou porquê?
Pra que insistir num caminhar inseguro?
Se não sei onde vai dar?
Não sei..
Tenho medo..
Tenho que ir.. faz parte da vida ir àlgum lugar. Só está isento de vagar quem não está...
Acho que vou só por não ter coragem de parar..
terça-feira, 13 de agosto de 2013
Vulgo-amar
Busco nas palavras a definição de um sentimento.
Não se faz propício buscar noutras, algo que explique a vastidão do amor.
Mas se faz necessário, entretanto, que este sentimento transborda as tênues linhas da paixão.
Sim, meu coração palpita, borboletas fazem festa em meu estômago, meus pelos eriçam na presença da criatura alvo de tamanho ardor.
Mas antes se resumisse à esses sintomas bobos de quaisquer paixonites.
Este sentimento, me toma como um todo, e faz o meu querer, essencial, assim como água.
E quando sua ausência se faz necessária, é como se me tomassem o ar, como se me faltasse o chão...
E em sua estada, me falta o fôlego e eu sinto poder voar...E embora se pareçam as ocasiões, faz-se completamente adversa a sensação.
Nos seus lábios, minha boca encontra refúgio.. todo beijo parece o primeiro, com todo o mistério e ansiedade característicos.
Seus olhos me inundam num mar de sentimentos: breves, prolongados, longiquos, eternos.
Suas mãos me percorrem feito um cego a buscar amparo.
Nas suas palavras, perco a quantidade do tempo, os dias passam em questão de segundos, sempre mais rápidos que o intento.
Que se eu soubesse fazer somas e multiplicações infinitas, eu quantificaria este-estar.
Mas que sem domínio dos números ou das palavras, sempre busco infinitas maneiras de explicar...
E a explicação sempre se torna incompleta, falha, quase vulgar.
Me sinto um quanto bobo, um quanto vago e infantil.
Tentando ampara-la na mesma intensidade que me sinto amparado.
Tentando deslumbra-la da mesma forma que me sinto deslumbrado.
Tentando ama-la da mesma maneira que me sinto amado.
E por não saber construir frases que descrevam esse sentimento, vou abraça-la e ficar em silêncio.
Só para que o meu corpo afague o seu, e o seu afague o meu, como sempre tem sido, e como sempre há de ser.
Não se faz propício buscar noutras, algo que explique a vastidão do amor.
Mas se faz necessário, entretanto, que este sentimento transborda as tênues linhas da paixão.
Sim, meu coração palpita, borboletas fazem festa em meu estômago, meus pelos eriçam na presença da criatura alvo de tamanho ardor.
Mas antes se resumisse à esses sintomas bobos de quaisquer paixonites.
Este sentimento, me toma como um todo, e faz o meu querer, essencial, assim como água.
E quando sua ausência se faz necessária, é como se me tomassem o ar, como se me faltasse o chão...
E em sua estada, me falta o fôlego e eu sinto poder voar...E embora se pareçam as ocasiões, faz-se completamente adversa a sensação.
Nos seus lábios, minha boca encontra refúgio.. todo beijo parece o primeiro, com todo o mistério e ansiedade característicos.
Seus olhos me inundam num mar de sentimentos: breves, prolongados, longiquos, eternos.
Suas mãos me percorrem feito um cego a buscar amparo.
Nas suas palavras, perco a quantidade do tempo, os dias passam em questão de segundos, sempre mais rápidos que o intento.
Que se eu soubesse fazer somas e multiplicações infinitas, eu quantificaria este-estar.
Mas que sem domínio dos números ou das palavras, sempre busco infinitas maneiras de explicar...
E a explicação sempre se torna incompleta, falha, quase vulgar.
Me sinto um quanto bobo, um quanto vago e infantil.
Tentando ampara-la na mesma intensidade que me sinto amparado.
Tentando deslumbra-la da mesma forma que me sinto deslumbrado.
Tentando ama-la da mesma maneira que me sinto amado.
E por não saber construir frases que descrevam esse sentimento, vou abraça-la e ficar em silêncio.
Só para que o meu corpo afague o seu, e o seu afague o meu, como sempre tem sido, e como sempre há de ser.
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